Frankenstein: marca registrada através dos séculos

Post original em: 09.03.2019
O monstro de Frankenstein, que teve seu nome confundido com o de seu criador se tornou através dos últimos dois séculos uma das criaturas mais adoradas pelos fãs do gótico, do terror, da literatura e do cinema. Apesar da história da novelista Mary Shelley no século XIX não ter descrito com precisão as feições do monstro, ele foi vítima dos mais criativos cineastas, roteiristas e desenhistas através do tempo, a começar pelo cientista Tomas Edison, que produziu o primeiro filme baseado na terrível história, lá em 1910.
Todavia as feições que marcaram as adaptações de Frankenstein foram aquelas criadas pelos estúdios da Universal Movies em 1931 e que qualquer criança reconhece até hoje:

• Pele verde
• Cabeça chata
• Testa protuberante
• Cicatriz na testa
• Parafusos no pescoço

Estas características acabaram por se tornar uma marca registrada do monstro. De fato, como Mary Shelley não descrevia a criatura em sua obra, os advogados da Universal trataram de registrar tais caracteríticas como propriedade do seu Frankenstein. Ou seja, ainda que filmes, livros e quadrinhos entrassem em domínio público, a imagem do Frankenstein dos famosos estúdios, até hoje não pode ser copiada.
Frankenstein e o debut do gênero horror nos quadrinhos
O mais famoso monstro do cinema também leva o crédito de ter sido o responsável pela estreia de um gênero que alavancou os comics norte-americanos na era de ouro ao lado do gênero dos super-heróis, o do terror. Em 1940 o criativo artista Dick Briefer lançou uma série dentro de um gibi de variedades chamada "As novas Aventuras de Frankestein", sua adaptação da obra de Shelley. Segundo os especialistas e historiadores Don Markstein e Lawrence Watt-Evans, esta seria a primeira série de horror em quadrinhos.

REFERÊNCIA(S):
Grand Comics Database (https://www.comics.org/issue/1155/)
Por: Paulo Franco Rosa (jornalista, editor e roteirista)

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REF.: PRIZE COMICS. New York: Prize, 1940 - 1946. Mensal.