Acreditem, Drácula não nasceu pop

Apesar do vampiro Conde Drácula ser nos dias de hoje um monstro popular, ele não nasceu tão pop assim

Apesar do vampiro Conde Drácula ser nos dias de hoje um monstro popular, ele não nasceu tão pop assim

26.08.2021
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Post original em: 08.02.2019
Apesar do vampiro Conde Drácula ser nos dias de hoje um monstro popular, seja na forma de livros, filmes, quadrinhos ou bonecos, ele não nasceu tão popular assim...
Abraham "Bram" Stoker (Dublin, 8 de Novembro de 1847 — Londres, 20 de Abril de 1912) foi um romancista, poeta e contista irlandês eclético, mas com forte tendência para o que viria a ser conhecida como literatura gótica. Trabalhou para diversos jornais e teatros e estudou muito, chegando a concluir seu mestrado em literatura. Bram Stoker era um homem inteligente e bem visto pela crítica e pelo público, mas durante muitos anos não chegou a produzir nada que se popularizasse muito. Porém, aos 50 anos de idade gestaria sua grande obra, um livro original, escrito sob a forma epistolar e inspirado em contos de vampiros: Drácula.
Foi publicada em maio de 1897, a obra que incluiria seu nome definitivamente na literatura mundial. Mas o sucesso estava reservado para seus sucessores.
Sua carreira e vida pessoal entram em decadência. O Royal Lyceum Theatre, de Londres, que ele dirigia e seu acervo de adereços cênicos são destruídos por um incêndio. Em 1905 Stoker sofre um derrame cerebral e contrai a doença de Bright que afeta o funcionamento dos rins. Em 20 de abril de 1912, em Londres, Abraham Stoker, autor de uma das maiores obras da literatura mundial, falece em sua casa na companhia de sua esposa Florence.
A POPULARIZAÇÃO DE DRÁCULA
A primeira incursão de Drácula rumo a popularização ocorreu alguns anos após a morte do autor, quando a esposa Florence permitiu uma adaptação da obra para o teatro. Apesar disso, o maior vampiro da história ainda ficaria algum tempo restrito a literatura européia.
O cinema, por exemplo demorou a adaptar Drácula. Antes do conhecido filme da Universal Pictures de 1931, de Tod Browning, com Bela Lugosi e Dwight Frye, o estúdio alemão Kino International - que não conseguiu os direitos sobre a obra - fez algumas alterações na história e em seus personagens. O resultado foi Nosferatu (1922), do expressionista alemão F.W. Murnau.
Embora já famoso através do romance, em peças de teatro e vários filmes, Drácula não entraria em uma história em quadrinhos até 1951 na edição 7 de Suspense da Atlas Comics, e posteriormente na edição 12 do gibi Eerie (Avon Periodicals) que publicaram edições com o aterrorizante personagem de Bram Stoker pela primeira vez em "comics".

REFERÊNCIA(S):
Grand Comics Database (https://www.comics.org/series/842/)
Por: Paulo Franco Rosa (jornalista, editor e roteirista)


Drácula

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Arte: Paulo Franco Rosa (sobre fotograma do filme Drácula - Universal Pictures, 1931). REF. DA HQ: EERIE. New York: Avon Periodicals, 1951 - 1954. Quadrimestral.

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